quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

As respostas...

1. O Cavaleiro sentia-se bem em Jerusalém; sentia uma grande paz e confiança; estava alegre por estar naquele lugar sagrado, o que nos revela a sua enorme fé e religiosidade.
2. Vezena era considerada, na altura, umas das cidades mais poderosas do mundo. Estava construída sobre a água, as ruas eram canais. As pessoas, para se movimentarem, usavam gôndolas, barcos finos e escuros. As casas e os palácios estavam reflectidos nas águas. Os segundos eram cor-de-rosa, os seus muros estavam cobertos de pinturas e tudo isto se reflectia na água, fazendo a cidade parecer fantástica.
3. Na sua terra, o Cavaleiro apenas ouvia histórias fabulosas, misteriosas de animais, gnomos, anões. Eram histórias lendárias do passado. Em Florença, falavam de histórias verdadeiras sobre o homem e as suas capacidades e descobertas; falavam dos movimentos do sol e da luz, dos mistérios do céu e da terra; de matemática, de astronomia, de filosofia, de poesia, música e pintura.
3.1. Dante apaixonou-se pela pequena Beatriz, mas, quando na juventude ela morreu, Dante começou a levar uma vida dissoluta para tentar esquecer o desgosto. Um dia perdeu-se na floresta; apareceram-lhe uns animais selvagens, no mesmo momento, viu uma sombra que chamou em seu auxílio. A sombra pertencia ao poeta Virgílio e vinha da parte de Beatriz. Dante seguiu o poeta e passaram pelo Inferno, pelo Purgatório e chegaram ao Paraíso Terrestre. Aí Dante viu Beatriz, foi com ela ao Céu; ela disse-lhe para deixar a sua vida errante e escrever um livro sobre tudo o que vira para ensinar os homens a praticarem o bem.
Nota: o resumo contém apenas as ideias principais do texto e deve ser escrito por palavras nossas.
3.2. Narrativa encaixada é uma história narrada por uma personagem e inserida na acção principal. Na obra O Cavaleiro da Dinamarca são histórias encaixadas a "história de Vanina e Guidobaldo"; "a história de Dante e Beatriz", por exemplo.
4. O Cavaleiro teve de seguir o seu caminho de regresso a cavalo; por esta razão, enfrentou vários obstáculos, nomeadamente, no que diz respeito às condições climatéricas próprias da época do ano.
Estava muito frio, havia neve e os dias nessa altura do ano eram curtos, o que obrigava o Cavaleiro a caminhar, a maior parte do tempo, na escuridão. Na antevéspera de Natal, o Cavaleiro chegou a uma povoação perto da sua floresta. As pessoas receberam-no com alegria e disseram-lhe que a sua família o esperava ansiosa. Isto fê-lo apressar-se e seguir caminho com um cavalo emprestado. No dia seguinte, o Cavaleiro entrou na sua floresta e só imaginar que estava perto da sua casa o fazia sentir-se alegre, forte e ajudava-o a esquecer o cansaço. Seguia pela floresta e tudo lhe parecia estranho e fantástico. A sua intenção era chegar a uma aldeia de lenhadores perto do rio. Depois seguiria o rio até sua casa. Ao chegar à aldeia, os lenhadores insistiram para que pernoitasse com eles e esperasse pelo amanhacer, pois era muito perigoso andar pela floresta à noite. No entanto, nada do que disseram fez o Cavaleiro mudar o seu propósito de chegar a sua casa antes da meia-noite, tal como havia prometido à sua família. Assim prosseguiu e enfrentou os perigos da noite: as dificuldades em encontrar o curso gelado do rio, a escuridão, os animais; apesar de tudo, o Cavaleiro nunca desistiu e conseguiu afastar os animais selvagens lembrando-lhe que a noite de Natal é noite de tréguas. Quando apenas caminhava levado pela esperança e pela oração, viu uma claridade que iluminou o seu caminho: era a maior árvore da floresta, o abeto que se encontrava em frente de sua casa.
4.1. Adjectivação: "o silêncio e a solidão pareciam assustadores e desmedidos..."; "tudo estava imóvel, mudo, suspenso"; "ramos desenhavam-se negros, esbranquiçados, avermelhados"; "pequenos pontos brilhantes, avermelhados e vivos"; "branco cruel dos seus dentes agudos".
Comparação: "a floresta era como um labirinto".
Enumeração: "Eram daqueles pinheiros do norte que se chamam abetos, que são largos em baixo e afilados em cima, que têm o tronco coberto de ramos desde o chão e crescem em forma de cone da terra para o céu."
5. Campo lexical: cavalo, caminhos, viajante, Cavaleiro, terras, navio...

domingo, 13 de janeiro de 2008

Simbologia em O Cavaleiro da Dinamarca

O termo símbolo, com origem no grego súmbolon, refere um elemento representativo(realidade visível) que está em lugar de algo (realidade invisível) que tanto pode ser um objecto como um conceito ou ideia, determinada quantidade ou qualidade.
Em O Cavaleiro da Dinamarca encontramos símbolos cuja presença é fundamental para compreender o desenrolar da acção:
- árvores: símbolo de vida e de conhecimento;
- bétula: simboliza o caminho por onde desce a energia do céu e por onde sobe a aspiração humana;
- carvalho: solidez, força, longevidade e altura, tanto no sentido espiritual como no material;
- pinheiro: símbolo da imortalidade;
- lobo: tem um simbolismo positivo/negativo, visto de noite é símbolo solar, de luz ; herói guerreiro entre os povos nórdicos;
- urso: na Europa, é símbolo de obscuridade, de trevas;
- cavaleiro: símbolo de triunfo e glória;
- peregrino: eestá ligado à ideia de purificação;
- viagem: símbolo de busca da verdade, da paz. Na literatura simboliza a procura de algo.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

O Cavaleiro da Dinamarca


O Cavaleiro da Dinamarca conta a história de um homem que, no dia de Natal, comunica à sua família que irá passar o Natal seguinte na Terra Santa, para rezar no local onde Jesus nasceu. A peregrinação, especialmente, a viagem de regresso, vai transformar-se, por um lado, numa aventura que requer muita coragem, fé e determinação por causa das situações perigosas que a personagem terá de enfrentar; por outro lado, é uma aventura do conhecimento, pois, no decorrer da viagem, conhecerá novas gentes, culturas, viverá novas experiências.
A temática principal desta obra tem cariz religioso ao centrar-se no dia de Natal com toda sua tradição - a ceia, o pinheiro, o presépio, as decorações da casa - e o leitor é levado a conhecer estas vivências de uma forma poética, bem ao jeito de Sophia.

Encaixadas na narrativa principal, outras narrativas (narrativas encaixadas) - história de Vaniva; história de Giotto e de Dante; história do capitão português - que transmitem mais colorido, variedade, riqueza cultural e artística à obra e tranportam o leitor para outros mundos:

. ambiental: a descrição da floresta cujas mudanças são visíveis à medida que as estações do ano vão passando.
. histórico: Descobrimentos portugueses; História da Itália: cidades de Ravena, Veneza, Florença, um mundo riquíssimo que enche de espanto o Cavaleiro.
. social: as personagens da obra pertencem às diferentes classes sociais: O Cavaleiro pertence à nobreza, está rodeado de criados e servos que pertencem ao povo; quando, adoece é tratado por frades (clero), e convive com a burguesia (banqueiros, mercadores e negociantes) quando passa pelas cidades italianas.
. artístico e cultural: o Cavaleiro fica deslumbrado com a arquitectura renascentista italiana e com as conversas sobre astronomia, filosofia, matemática, pintura e poesia. Conhece as histórias do pintor Giotto, discípulo de Cimabué, do poeta Dante que descreveu a sua descida aos Infernos na obra A Divina Comédia.

Espaços e os ambientes onde decorre a acção:
- Casa do Cavaleiro, situada numa floresta na Dinamarca (Norte da Europa), símbolo dos valores tradicionais: fé, família, amizade, respeito.
- Palestina, símbolo de fé: Jerusalém, Belém, montes do Calvário e Judeia, Jardim das Oliveiras, rio Jordão, lago Tiberíade.
- Itália, símbolo do progresso e esplendor: Ravena, Veneza, Florença;
- Flandres e Antuérpia, símbolo de uma nova Era, graças às navegações que permitiam ir ao encontro do desconhecido e da riqueza;
- Mar (viagem de barco) e terra (viagem a cavalo);
- Convento, símbolo de paz e de equilíbrio;
- Floresta, casa do Cavaleiro, local onde regressa, dois anos depois de ter partido.

Para saber mais

Sobre a Dinamarca:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dinamarca

http://fotos.sapo.pt/acncp/tag/dinamarca

Sobre Dante:

http://web.educom.pt/cresines/jornal11/dante.htm

Sobre Giotto:

http://web.educom.pt/cresines/jornal11/gioto.htm

Descobrimentos Portugueses

http://pt.wikipedia.org/wiki/Descobrimentos_portugueses


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